Nasceu no Rio de Janeiro na época da ralação, quando a fome poderia ser considerada uma inesgotável fonte de inspiração, como que fato ocorreu, esse foi um fértil período de criações.
As cidades de São Paulo, onde fez sua primeira tentativa de ficar no Sul, e o Rio de Janeiro, onde acabou ficando, lhe deram a ideia de fazer despretensiosamente essa canção, associada ao título do livro de Aldous Huxley Admirável Mundo Novo.
Foi lançada no Teatro Tereza Raquel do Rio, no show de lançamento de seu primeiro LP, quando só tinha 10 músicas para cantar, as do disco e Admirável Gado Novo.
A reação da plateia as primeiras apresentações deixou-o assustado e desconfiado que poderia ser um sucesso.
Quando o segundo disco veio à tona, a versão simplificada de palco, com voz e violão, já era razoavelmente conhecida. O arranjo original do próprio Zé e cordas (de Paulo Machado), destacando o sax tenor de Nivaldo Ornelas, tornou-se um clássico na música brasileira, tipo "Take the A Train" de Duke Ellington.
Duke regravou-o em arranjos diferentes e Zé também o fez. Assim, a deste álbum destina-se a uma versão cult, com Dominguinhos fazendo a condução e o coro final no refrão Êh, ôh, ôh vida de gado/Povo marcado êh/Povo feliz, e que levou essa música a puxar as vendas de trilha sonora da novela Rei do Gado.