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Banquete dos Signos - Zuza Homem de Mello

Inspirado no título O Banquete dos signos nas pegadas de Zé Ramalho, uma crítica de José Neumann Pinto para revista Som Três em outubro de 1979, Zé fez rapidamente a música encomendada por Elba Ramalho para seu segundo disco, Capim do Vale. Um sucesso com Elba, um clássico na obra do autor, trata de lembranças puras e juvenis de ambos, no interior da Paraíba. Agora recebe um tratamento especial da sanfona de Dominguinhos.

Força Verde - Zuza Homem de Mello

Foi a balada de grande repercussão em 1982, com acusação de plágio de uma poesia do irlandês William B. Yeats publicada na revista O Incrível Hulk. O caso abalou profundamente a carreira de Zé Ramalho, gerando um grande trauma e consequentemente, fortes motivos para fazer parte de sua antologia. De certa forma essa letra preconizou o que iria acontecer com o grupo Blitz e sua ligação com a literatura das histórias em quadrinhos.

Admirável Gado Novo - Zuza Homem de Mello

Nasceu no Rio de Janeiro na época da ralação, quando a fome poderia ser considerada uma inesgotável fonte de inspiração, como que fato ocorreu, esse foi um fértil período de criações. As cidades de São Paulo, onde fez sua primeira tentativa de ficar no Sul, e o Rio de Janeiro, onde acabou ficando, lhe deram a ideia de fazer despretensiosamente essa canção, associada ao título do livro de Aldous Huxley Admirável Mundo Novo. Foi lançada no Teatro Tereza Raquel do Rio, no show de lançamento de seu primeiro LP, quando só tinha 10 músicas para cantar, as do disco e Admirável Gado Novo. A reação da plateia as primeiras apresentações deixou-o assustado e desconfiado que poderia ser um sucesso. Quando o segundo disco veio à tona, a versão simplificada de palco, com voz e violão, já era razoavelmente conhecida. O arranjo original do próprio Zé e cordas (de Paulo Machado), destacando o sax tenor de Nivaldo Ornelas, tornou-se um clássico na música brasileira, tipo "Take the A Train" de Duke Ellington. Duke regravou-o em arranjos diferentes e Zé também o fez. Assim, a deste álbum destina-se a uma versão cult, com Dominguinhos fazendo a condução e o coro final no refrão Êh, ôh, ôh vida de gado/Povo marcado êh/Povo feliz, e que levou essa música a puxar as vendas de trilha sonora da novela Rei do Gado.

Galope Rasante - Zuza Homem de Mello

Feita na mesma noite em que foi composto o Frevo Mulher, fez sucesso na gravação de Amelinha e é uma das preferidas de Sivuca e Glorinha Gadelha, tendo especial destaque um verso É noite que vai chegar. Zé gravou o galope em seu terceiro disco, descrevendo-o como uma celebração dos mistérios da natureza. Nos desafios de cantadores, o galope é um dos vários martelos com versos decassílabos. A nova introdução tem um ponteado de violas (Robertinho e Zé), seguido da sanfona de Dominguinhos.

Bicho de 7 Cabeças - Zuza Homem de Mello

A única faixa instrumental do álbum essa música também gravadas em letra no primeiro disco de Zé, com parceiro do Geraldo e Arnaldo Brandão nos violões, além do então percussionista Bezerra da Silva. Foi mantido o andamento de samba-choro, que reflete o prazer dos dois instrumentistas que são originalmente Zé e Geraldinho. Contudo, deu-se agora uma atmosfera flamenca. Feita na mesma época de Táxi Lunar, seu título inicial era 16 cordas, a soma das dez cordas da viola Zé e das 6 do violão de Geraldinho. O novo título surgiu quando o Renato Rocha fez a letra que seria gravado em 1979 por Geraldo Azevedo.

Mulher nova, bonita e carinhosa - Zuza Homem de Mello

Cantadores e repentistas da região Pajeú das Flores em Pernambuco, os três irmãos, Lourival, já falecido, Otacílio e Dimas Batista formam a trindade do Pajeú. Otacílio (São José do Egito, 1923), autor de vários cordéis em livros de poemas, havia gravado sua cantoria na Rozenblit, quando o Zé propôs musicar mais livremente seus versos, o que foi aceito. Foi Amelinha que gravou em 1982, puxando seu disco, ampliando sucesso e sendo escolhida como tema do especial Lampião e Maria Bonita, da Rede Globo. Nesta gravação, além de Dominguinhos com emocionante introdução, destaca-se a participação de Roberta Little, filha de Robertinho de Recife. Ao lado de força Verde, representa os marcos que envolveram Zé Ramalho em acusações de plágio nesses 20 anos. Nada mais existe. Em grande paz, Zé revisita as duas músicas, realinhadas para as futuras gerações.

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